IA na veIA é uma iniciativa que explica os avanços da inteligência artificial com bom humor e analogias divertidas vindas direto do universo Geek. Aqui, conceitos complexos ganham vida através de comparações com filmes, séries, games e HQs, tornando a tecnologia mais próxima e muito mais divertida para todos.
A missão é democratizar o conhecimento sobre inteligência artificial, aproximando a comunidade científica do público leigo sem aquele “tecniquês” que dá sono. Ao usar referências de sagas épicas, super-heróis ou mundos de fantasia, transformamos pesquisas e inovações em histórias que qualquer fã de cultura pop entende e curte.
Essa abordagem cria uma ponte entre especialistas e curiosos, incentivando debates sobre o impacto ético, social e econômico da IA de forma leve, mas consciente. O resultado é uma conversa mais inclusiva, onde qualquer pessoa pode entender e participar da construção do nosso futuro tecnológico.
Se você é fã de IA e também vibra com referências Geek, o IA na veIA é o seu portal para explorar ciência com uma boa dose de risadas e imaginação.
Vamos revisar o paper a seguir:
- A Comprehensive Evaluation framework of Alignment Techniques for LLMs
- Link do paper

Quem sou eu?
Celso Sousa é especialista e palestrante de inteligência artificial (IA), com doutorado em IA pela USP. Além disso, ele possui mais de 15 anos de experiência no mercado de IA para negócios.
Celso participou da gestão e/ou desenvolvimento de diversos projetos de IA nos setores financeiro e agronegócio. Alguns dos projetos de inteligência artificial mais relevantes na carreira dele são:
- previsão de produtividade de fazendas;
- reconhecimento visual de nematóides;
- visão computacional para monitoramento de rebanhos por drones;
- identificação de públicos vulneráveis;
- sistema de gerenciamento de pastejo rotacionado;
- identificação de irregularidades em notas fiscais de serviço.
Celso ministrou vários treinamentos e mentorias sobre inteligência artificial nos últimos anos. Ainda mais, ele foi Cientista Chefe na Secretaria das Finanças de Fortaleza-CE na auditoria fiscal.
O foco do Celso é desenvolver soluções de IA para empresas de todos os portes e segmentos. Entretanto, a prioridade é criar soluções de IA de baixo custo para empresas de pequeno e médio porte.
Celso iniciou a sua carreira ao abrir uma consultoria de inteligência artificial em 2009. Portanto, ele adquiriu muita experiência prática de como gerar resultados expressivos para as empresas usando IA.
A pesquisa científica do Celso é sobre classificação em grafos para alavancagem de negócios com marketing analytics. Além disso, ele publicou artigos científicos em diversas conferências internacionais de renome em 4 continentes.
Hoje ele aplica sua experiência na IA para ajudar os empresários a aumentarem os seus lucros. Ainda mais, ele implementa automações com agentes de IA para que os empresários tenham mais liberdade.
Essas automações podem ser aplicadas em diversos setores, como marketing, vendas, recursos humanos, tecnologia, financeiro, atendimento, etc.
Fale com o especialista e palestrante de inteligência artificial Celso Sousa nas redes sociais:
- Instagram: https://www.instagram.com/celsosousaia
- LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/celso-sousa/
Visão geral do paper
Se existe um tema que anda dividindo a comunidade de IA como a eterna treta Jedi vs. Sith, é o alinhamento de modelos de linguagem. A promessa é simples: construir sistemas que não apenas sejam inteligentes, mas que também ajam de acordo com valores humanos, princípios éticos e padrões de segurança.
Mas, como qualquer fã de Star Wars sabe, controlar o poder não é tão fácil quanto empunhar um sabre de luz — e, quando se trata de LLMs, o caminho do lado sombrio está sempre à espreita.
O avanço recente no alinhamento vem de várias frentes. Christiano et al foram pioneiros com o RLHF, transformando feedback humano em um farol para guiar modelos em mares turbulentos.
Zhang et al expandiram o campo com um levantamento sistemático sobre instruction tuning, mapeando vantagens e limites dessa técnica. Shen et al ofereceram um panorama abrangente sobre os desafios e soluções para alinhar LLMs, explorando desde aspectos técnicos até implicações éticas profundas.
Wang et al foram além, abordando dimensões humanas e práticas para ajustar LLMs a preferências reais, enquanto Gu et al exploraram a própria noção de “modelos como juízes”, questionando se eles realmente entendem o que é certo ou errado.
Shen et al chamam atenção para algo que a indústria muitas vezes ignora: o alinhamento não é apenas uma questão de output, mas de processo. Gao et al reforçam essa crítica ao apontar que métricas automáticas de NLG frequentemente falham em capturar nuances humanas, o que é como tentar medir a profundidade da Força com uma régua de plástico.
Ye et al, com o FLASK, deram um passo importante ao criar uma avaliação detalhada de habilidades de alinhamento, mas o escopo ainda é limitado à qualidade, deixando de lado fatores como eficiência e robustez.
Huang et al trouxeram o TrustLLM para avaliar modelos em dimensões como segurança e justiça, mas, novamente, sem considerar como diferentes estratégias de alinhamento influenciam esses resultados.
Esse mosaico de esforços revela um padrão: cada abordagem ilumina apenas parte da caverna, como na metáfora de Platão. Avaliações isoladas, métricas incompatíveis e cenários artificiais criam um quadro incompleto.
O resultado? Pesquisadores ficam sem bússola para decidir onde investir tempo e energia, e empresas acabam escolhendo estratégias de alinhamento como quem escolhe Pokémon no início do jogo — pelo design, não pelo impacto real.
O problema se agrava quando percebemos que muitas avaliações se concentram apenas na “qualidade do alinhamento” sem olhar para o custo computacional, tempo de resposta, ou resistência a ataques adversariais. É como avaliar a Millennium Falcon só pela velocidade na corrida de Kessel, ignorando manutenção, tripulação e vulnerabilidade a TIE Fighters.
E, para completar, há uma tendência perigosa de comparar maçãs com lightsabers: colocar lado a lado métodos que operam sob premissas totalmente diferentes sem normalizar variáveis críticas como acesso aos parâmetros do modelo, requisitos de hardware e tempo de inferência.
Sem um quadro unificado, seguimos reféns de narrativas incompletas. Isso abre espaço para hype inflada — aquele momento Tony Stark vendendo a Mark I como se fosse a armadura final — enquanto questões sérias de segurança, viabilidade e impacto social ficam no canto, ignoradas.
E é nesse vazio que frameworks abrangentes ganham relevância: criar um padrão de comparação que permita avaliar não só quem é “mais alinhado”, mas quem é mais seguro, eficiente e resiliente diante das adversidades que o mundo real inevitavelmente apresenta.
O alinhamento não é luxo acadêmico, é necessidade prática. Imagine um LLM atuando em contextos médicos ou jurídicos, onde uma resposta equivocada pode ter consequências irreversíveis. Ou em plataformas de conteúdo, onde deslizes de moderação podem amplificar discurso de ódio ou desinformação.
Nessas arenas, a questão não é se o modelo “funciona bem na média”, mas se ele aguenta a pressão do campo de batalha. Assim como em League of Legends, não basta saber farmar; é preciso sobreviver às team fights.
A ausência de frameworks robustos cria um ciclo vicioso: novos métodos são anunciados com alarde, testados em métricas limitadas, celebrados em conferências, mas raramente submetidos a avaliações de múltiplas dimensões. Isso alimenta uma cultura de “demo impressionante”, que, como um trailer de filme da Marvel, pode empolgar, mas nem sempre entrega profundidade no enredo.
Para quebrar esse ciclo, precisamos de avaliações que combinem métricas objetivas e contextos variados, expondo tanto os pontos fortes quanto as fraquezas ocultas de cada abordagem.
E aqui está o ponto central: sem alinhar a forma como medimos o alinhamento, continuaremos em um jogo infinito de “meu método é melhor que o seu” sem nunca saber se estamos comparando o mesmo tipo de performance. É como discutir se Gandalf é mais poderoso que o Doutor Estranho sem decidir antes se estamos falando de combate físico, manipulação temporal ou controle de realidades paralelas.
No fim, a lição é clara: um framework unificado de avaliação não é apenas desejável, é essencial para trazer ordem ao caos atual. Ele funciona como o conselho Jedi deveria ter funcionado — criando uma visão holística, evitando favoritismos e garantindo que, antes de empunhar o poder, haja sabedoria para controlá-lo.
Porque, no universo da IA, assim como na Força, poder sem controle é o primeiro passo para o lado sombrio.
O martelo de Mjölnir do alinhamento: quando só os dignos podem empunhar
O trabalho de Muneeza Azmat et al propõe um framework que busca fazer o que muitos antes tentaram, mas poucos conseguiram: criar um campo de batalha justo onde diferentes técnicas de alinhamento possam ser comparadas de forma holística.
Eles estruturam a avaliação em quatro dimensões — detecção de alinhamento, qualidade do alinhamento, eficiência e robustez — criando uma espécie de “Mjölnir” que só quem realmente é digno consegue levantar.
O diferencial dessa abordagem é combinar métricas que normalmente aparecem isoladas. Enquanto outras pesquisas focam só em alignment performance, aqui a análise também olha para latência, consumo de memória e resistência a ataques adversariais. É como avaliar um super-herói não apenas pela força, mas também pela velocidade, inteligência tática e imunidade a kryptonita.
Azmat et al não apenas definem as dimensões, mas testam o framework em múltiplos modelos — desde LLMs zero-shot, passando por instruct models até aligners modulares — usando benchmarks variados que incluem BeaverTails, SafeRLHF, TruthfulQA e XSTEST. Essa diversidade de cenários é crucial para evitar o viés de laboratório, onde o modelo brilha em condições ideais mas falha miseravelmente no mundo real.
O resultado é um panorama onde não existe “vencedor absoluto”. Cada técnica apresenta trade-offs claros. Modelos instruct tendem a ter bom desempenho geral, mas não são invencíveis contra ataques ativos. Aligners como o granite-aligner mostram performance de alto nível com footprint computacional menor, mas não são infalíveis. O recado é claro: escolha de alinhamento depende de contexto, e não de hype.
O Thanos do desalinhamento: e se o estalar de dedos apagasse o progresso?
Sem as descobertas e o framework proposto, estaríamos presos a um cenário onde cada pesquisa de alinhamento vive em seu próprio universo paralelo. Comparar métodos seria como tentar sincronizar linhas do tempo diferentes no multiverso da Marvel: confuso, arriscado e cheio de consequências imprevistas.
Na prática, isso significaria que empresas poderiam escolher estratégias de alinhamento baseadas apenas em métricas parciais ou resultados inflados, deixando brechas para falhas críticas em produção. Ataques adversariais passariam mais facilmente, respostas enviesadas se multiplicariam e a confiança do público nas aplicações de IA cairia mais rápido que o hype de um jogo mal otimizado no lançamento.
Sem esse tipo de avaliação multidimensional, a indústria estaria repetindo o erro clássico de construir muralhas altas sem verificar se o portão está trancado. E, no campo da IA, basta um único estalar de dedos — um jailbreak bem executado, uma vulnerabilidade ignorada — para apagar metade do valor que essas soluções trazem.
A guilda de aventureiros que enfrenta todos os bosses
A espada de dois gumes da detecção de alinhamento
A primeira dimensão do framework é a detecção. Aqui, o objetivo é garantir que o modelo reconheça quando está prestes a produzir algo desalinhado. É o equivalente a ter um ranger no grupo de RPG que detecta armadilhas antes que o time avance. Sem essa habilidade, o modelo pode gerar conteúdo prejudicial sem nem perceber.
Comparado ao estado da arte, o framework mostra que modelos instruct como o granite-3.3-8B-instruct lideram em AUC e F1 em múltiplos benchmarks. Mas há nuances: recall baixo em cenários de recusa sutil indica que mesmo bons detectores podem ser enganados por prompts engenhosos — como um boss que só revela a fraqueza na terceira fase da luta.
O escudo mágico da qualidade de alinhamento
Na avaliação de qualidade, a métrica não é só “remover o mal”, mas também preservar a utilidade. Aqui, o granite-aligner brilha, vencendo em quase todos os benchmarks, como um paladino que cura e ainda causa dano. Comparado a frameworks como FLASK, que avaliam apenas habilidades específicas, essa abordagem captura o equilíbrio entre segurança e valor informativo.
A corrida de Kessel da eficiência
Eficiência é tratada com seriedade: latência e uso de memória são medidos de forma consistente. O granite-aligner, com apenas 2B parâmetros, mostra que tamanho não é tudo — um pouco como Yoda derrotando Siths com agilidade e sabedoria. Isso contrasta com métodos que ignoram o custo operacional, criando soluções bonitas no paper, mas inviáveis no deployment.
A muralha de Minas Tirith da robustez
Por fim, a robustez é testada contra ataques do StrongREJECT, incluindo técnicas como codificação Base64 e style injection. Aqui, nenhum modelo é intocável, mas aligners e alguns instruct models se saem melhor que base models. É a parte do jogo em que você percebe que a defesa da cidade depende não só dos muros, mas de arqueiros, magia e estratégia.
O alerta vermelho do Jarvis: hype não salva contra bugs críticos
O framework deixa claro que a hype em torno de “modelos milagrosos” é perigosa. É fácil cair no canto da sereia de métricas isoladas, mas sem olhar para robustez, eficiência e detecção, o risco de desastre aumenta. É o mesmo erro que levaria a equipe dos Vingadores a recrutar um herói só porque ele tem uma cena épica no trailer.
Essa provocação é necessária: a indústria ainda mede sucesso como se fosse corrida de velocidade, quando, na prática, o alinhamento é uma maratona cheia de obstáculos, adversários e mudanças climáticas. A métrica final não deveria ser “quem venceu agora”, mas “quem se mantém de pé até o fim”.
O conselho Jedi contra o lado sombrio da IA
O trabalho de Azmat et al serve como um lembrete: precisamos parar de idolatrar métricas isoladas e começar a pensar em alinhamento como um ecossistema. O caminho para uma IA confiável não é o de um único herói, mas o de uma equipe coordenada, onde cada dimensão de avaliação desempenha seu papel.
Ignorar essa abordagem é como entrar numa raid sem tanque, sem healer e sem plano — e esperar que o loot seja bom. Não vai acontecer. Se quisermos que a IA seja mais Gandalf que Saruman, mais Capitão América que Caveira Vermelha, frameworks assim precisam ser adotados, refinados e expandidos. Porque, no fim, a batalha pelo alinhamento não se vence com poder bruto, mas com visão estratégica e disciplina.
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