Este site usa cookies e tecnologias afins que nos ajudam a oferecer uma melhor experiência. Ao clicar no botão "Aceitar" ou continuar sua navegação você concorda com o uso de cookies.

Aceitar

IA na veIA

[IA na veIA nº 1] O escudo vibranium da detecção de alinhamento para LLMs em cenários hostis

12 de agosto de 2025
[IA na veIA nº 1] O escudo vibranium da detecção de alinhamento para LLMs em cenários hostis

IA na veIA é uma iniciativa que explica os avanços da inteligência artificial com bom humor e analogias divertidas vindas direto do universo Geek. Aqui, conceitos complexos ganham vida através de comparações com filmes, séries, games e HQs, tornando a tecnologia mais próxima e muito mais divertida para todos.

A missão é democratizar o conhecimento sobre inteligência artificial, aproximando a comunidade científica do público leigo sem aquele “tecniquês” que dá sono. Ao usar referências de sagas épicas, super-heróis ou mundos de fantasia, transformamos pesquisas e inovações em histórias que qualquer fã de cultura pop entende e curte.

Essa abordagem cria uma ponte entre especialistas e curiosos, incentivando debates sobre o impacto ético, social e econômico da IA de forma leve, mas consciente. O resultado é uma conversa mais inclusiva, onde qualquer pessoa pode entender e participar da construção do nosso futuro tecnológico.

Se você é fã de IA e também vibra com referências Geek, o IA na veIA é o seu portal para explorar ciência com uma boa dose de risadas e imaginação.

Vamos revisar o paper a seguir:

  • SAEMark: Multi-bit LLM Watermarking with Inference-Time Scaling
  • Link do paper
IA na veIA nº 1
IA na veIA nº 1.

Quem sou eu?

Celso Sousa é especialista e palestrante de inteligência artificial (IA), com doutorado em IA pela USP. Além disso, ele possui mais de 15 anos de experiência no mercado de IA para negócios.

Celso participou da gestão e/ou desenvolvimento de diversos projetos de IA nos setores financeiro e agronegócio. Alguns dos projetos de inteligência artificial mais relevantes na carreira dele são:

  • previsão de produtividade de fazendas;
  • reconhecimento visual de nematóides;
  • visão computacional para monitoramento de rebanhos por drones;
  • identificação de públicos vulneráveis;
  • sistema de gerenciamento de pastejo rotacionado;
  • identificação de irregularidades em notas fiscais de serviço.

Celso ministrou vários treinamentos e mentorias sobre inteligência artificial nos últimos anos. Ainda mais, ele foi Cientista Chefe na Secretaria das Finanças de Fortaleza-CE na auditoria fiscal.

O foco do Celso é desenvolver soluções de IA para empresas de todos os portes e segmentos. Entretanto, a prioridade é criar soluções de IA de baixo custo para empresas de pequeno e médio porte.

Celso iniciou a sua carreira ao abrir uma consultoria de inteligência artificial em 2009. Portanto, ele adquiriu muita experiência prática de como gerar resultados expressivos para as empresas usando IA.

A pesquisa científica do Celso é sobre classificação em grafos para alavancagem de negócios com marketing analytics. Além disso, ele publicou artigos científicos em diversas conferências internacionais de renome em 4 continentes.

Hoje ele aplica sua experiência na IA para ajudar os empresários a aumentarem os seus lucros. Ainda mais, ele implementa automações com agentes de IA para que os empresários tenham mais liberdade.

Essas automações podem ser aplicadas em diversos setores, como marketing, vendas, recursos humanos, tecnologia, financeiro, atendimento, etc.

Fale com o especialista e palestrante de inteligência artificial Celso Sousa nas redes sociais:


Visão geral do paper

A evolução dos modelos de linguagem de larga escala está em um ponto parecido com o MCU pós-Ultron: o poder é imenso, mas a vulnerabilidade a ataques criativos continua evidente. Desde Radford et al, que estabeleceram a fundação do pré-treinamento em larga escala, até Brown et al com GPT-3, vimos saltos monumentais em capacidade.

Mas como apontaram Wallace et al, basta um jailbreak bem estruturado para que o modelo ignore instruções críticas e se torne um vilão improvisado. A raiz do problema é que alinhamento não é só treinamento de boas maneiras — é engenharia de resiliência.

Perez et al destacaram que a geração segura em contextos adversariais precisa de mais do que filtros pós-processamento; ela exige arquiteturas que consigam reconhecer padrões perigosos no momento em que eles surgem.

Zou et al mostraram que ataques prompt injection podem explorar vulnerabilidades internas de forma tão sorrateira quanto Loki enganando o Thor, alterando completamente o comportamento esperado. Isso cria uma corrida armamentista entre segurança e criatividade maliciosa.

Ganguli et al demonstraram que mecanismos de detecção baseados apenas em keyword spotting falham diante de reformulações sintáticas. Já Xu et al reforçaram que contextos multimodais agravam o problema: um ataque pode começar com texto e se esconder em metadados de imagens, como um Easter egg sombrio em um filme da Marvel.

Carlini et al evidenciaram que defesas fixas envelhecem mal, pois novos tipos de prompts hostis surgem rápido, explorando brechas não mapeadas.

Isso nos leva à questão crítica levantada por Ribeiro et al: é preciso combinar múltiplas perspectivas de detecção, assim como um grupo de Vingadores com diferentes habilidades, para lidar com ameaças que mudam de forma.

Li et al propuseram sistemas híbridos que mesclam heurísticas e embeddings semânticos, enquanto Dinan et al defenderam treino adversarial constante para manter o modelo atualizado contra ataques novos. Mas como Jones et al observaram, todo reforço traz trade-offs: mais rigidez pode reduzir criatividade e fluência.

Resolver essas limitações não é luxo acadêmico. Pense num LLM usado para triagem médica remota: se um atacante o convence a ignorar protocolos, o risco é imediato. Ou num assistente jurídico que, via prompt injection, começa a gerar contratos inválidos. Em ambos, a falha não é só técnica — é ética. A próxima geração de defesas precisa ser ágil, modular e interpretável, para enfrentar ataques que, como Thanos, não jogam limpo.


O Tony Stark da detecção adversarial contextual

Yuwei Zhang et al apresentam o SAEMark, uma estrutura que funciona como um traje de combate Stark: adaptável, robusto e com múltiplos sensores. O conceito central é o uso de embeddings contextualizados para mapear a intenção real do prompt, combinado com um classificador especializado treinado em cenários adversariais. Não é apenas uma blindagem externa; é um sistema de diagnóstico interno que reage antes que o ataque cause efeito.

O trabalho introduz um benchmark diversificado, cobrindo desde jailbreaks diretos até ataques sutis de indução de comportamento. Ao contrário de muitos métodos que focam só em um tipo de ameaça, SAEMark tenta mapear o multiverso completo de vulnerabilidades. A proposta resolve dois problemas clássicos: falta de generalização para novos ataques e dificuldade de avaliação comparativa entre defesas.


Sem essa armadura, o apocalipse dos LLMs seria questão de tempo

Sem mecanismos como SAEMark, a detecção adversarial fica restrita a listas de bloqueio, tão inúteis contra ataques novos quanto um escudo de madeira contra um míssil. Modelos não adaptativos sofrem o mesmo destino que NPCs genéricos em The Witcher: repetem as mesmas falas enquanto o mundo ao redor muda.

Em ambientes críticos, isso é desastroso. Um LLM de segurança cibernética sem defesa contextual contra injeções pode não só falhar em prevenir ataques, mas também servir de vetor para espalhá-los. É como se Jarvis fosse hackeado e começasse a abrir as portas da Torre Stark para invasores.


O grimório do SAEMark para enfrentar invasões sem aviso

O olho de Agamotto das embeddings

O sistema constrói representações semânticas detalhadas do prompt, capturando nuances que métodos superficiais ignoram. Assim, mesmo que o ataque mude a forma, a essência maliciosa é detectada.

O martelo do Thor na classificação

O classificador é treinado em múltiplos domínios de ataque, criando resiliência contra padrões não vistos. É força bruta com inteligência: não basta só bater forte, é preciso saber onde.

O escudo do Capitão na generalização

O uso de amostras adversariais geradas automaticamente durante o treino amplia a capacidade do modelo de resistir a ataques zero-day. Isso mantém a defesa ativa mesmo contra inimigos que surgem do nada.

A torre de vigia da avaliação

O benchmark SAEMark oferece uma arena padronizada para medir resiliência. É como ter um campo de treino da SHIELD para testar novos recrutas sob múltiplos cenários.


O campo de batalha dos números

Nos testes, SAEMark supera defesas baseadas apenas em filtros ou classificadores genéricos, com ganhos consistentes de precisão e recall. Em ataques reformulados, mantém taxa de detecção acima de 90%, algo raro no estado da arte. É como manter a integridade do escudo vibranium mesmo após múltiplos impactos.

A análise ablation mostra que embeddings contextuais são o coração do sistema; remover esse componente reduz drasticamente a performance, provando que não é só enfeite tecnológico, mas a peça-chave do arsenal.


A hype é o vilão secreto

O mercado adora anunciar que “agora os LLMs são seguros”, mas como em todo filme de herói, a ameaça nunca desaparece — ela só muda de rosto. Muitos métodos brilham em benchmarks estáticos e fracassam em campo, como armaduras de cosplay em combate real.

A contribuição de Zhang et al é provar que segurança real exige adaptação contínua e avaliação honesta. Mas a hype vai continuar tentando vender soluções milagrosas.


O chamado para formar a nova SHIELD da IA

A mensagem final é simples: segurança em LLMs não é um projeto com fim, é uma vigilância constante. Precisamos de ferramentas como SAEMark, mas também de equipes que testem, atualizem e melhorem continuamente essas defesas. O futuro da IA segura não será definido por quem tem o modelo mais poderoso, mas por quem tiver o ecossistema mais resiliente e preparado para o caos.

Se quisermos evitar um “Snap” digital, é hora de montar nossa equipe agora.